Exaustão

Sinto-me exausta. Sinto-me, constantemente, atravessando linhas, desafiando limites. Me sinto à borda, à beira, quase a cair no abismo. Pergunto-me: gosto de me colocar em testes, ou será que me acostumei neste modo? Ou, ainda, será que isto seria algum estado de autodestruição? Não tenho respostas, mas questionando, sinto que continuo a me mover.
Ultimamente eu ando angustiada com minhas frustrações. A verdade é que não lido bem com elas; nunca lidei. Tenho uma tendência ao idealismo, à perfeição, e me frustro toda vez que alcanço algo menos que isso. Não busco reconhecimento de terceiros, isto não; o narcisismo, a autofelação, a masturbação intelectual, eu deixo para aqueles que têm egos enormes que exigem massagem constante. Mas sou dura, rígida, crítica ao extremo para comigo mesma: não há elogios para mim, a não ser que eu esteja impecável. Sou um pouco aquela mãe que diz "não faz mais que a sua obrigação", mas minha filha é meu reflexo no espelho.
Ou talvez eu busque e não queira admitir. Talvez eu acredite, intimamente (jamais pronunciaria isto em voz alta) que ganharia um posto "especial" na vida das pessoas se eu alçasse a perfeição. O problema é que a perfeição não existe, e as pessoas são filhas da puta raramente agem conforme o que esperamos delas. E como dito anteriormente: não lido bem com frustrações.
Talvez eu esteja errada. Talvez eu já esteja caindo no abismo.





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